Divulgação Miningmath
Via: DCI
MiningMath gera cenários sobre impactos geológicos, ambientais, econômicos e sociais de projetos de mineradoras.
A MiningMath desenvolveu um software de gestão de dados de jazidas que promete reduzir custos e antever as consequências ao entorno decorrentes da exploração de minérios. A ferramenta cruza e organiza dados de diferentes departamentos de uma mineradora para gerar cenários com os possíveis impactos geológicos, ambientais, econômicos e sociais de uma ação em determinado local.
Para elaborar essas projeções, a plataforma trata os dados informados por áreas como as de sustentabilidade, economia, engenharia e processos da mineradora. Cada equipe insere informações sobre atividades já em andamento e as que pretende começar.
Com base nos panoramas previstos, a empresa pode optar por ações com melhor relação entre custo e benefício, evitando problemas para comunidades vizinhas. Além disso, é possível aprimorar o planejamento de lavra. Ao criar cenários próximos da realidade operacional de uma mina, com dados de restrições legais e valores econômicos dos blocos, a startup ajuda a decidir as melhores formas de explorar a jazida.
No processo convencional, organizar e analisar manualmente dados de diversos departamentos leva semanas, o que tem impacto na quantidade de estimativas geradas.
Segundo o sócio fundador da startup, Fabrício Ceolin, sem a plataforma, equipes de cada setor compilam informações sobre suas atividades e as transmitem para instâncias multidisciplinares. “Esses grupos lidam com uma quantidade grande de dados, recebem as informações com grandes chances de imprecisão e não conseguem fazer mais do que uma dezena de previsões em semanas ou meses”, diz.
Foi pensando em melhorar esse processo que a startup de Minas Gerais criou o software SimSched. A plataforma utiliza data science, machine learning e armazenamento em nuvem para formular os cenários.
As equipes de cada departamento de uma mineradora preenchem os dados diretamente no software, que organiza as informações e permite gerar centenas de previsões em alguns minutos. “Nós embasamos melhor a tomada de decisão dessas empresas. Quantos e qual é a melhor forma de adquirir equipamentos, como vai ser o preço de venda do minério, o quanto vai conseguir de metais e quanto será o investimento são só alguns exemplos de cenários possíveis”, explica Ceolin.
Em 2014, mesmo ano de fundação da empresa, a MiningMath lançou uma versão gratuita do software para conquistar mercado. O primeiro produto pago foi disponibilizado no ano seguinte.
Mercados
Embora o mercado brasileiro esteja na mira, a startup começou conquistando mineradoras em outros países e assim atua até hoje, com 15 a 20 clientes entre Austrália, Inglaterra, Chile e Peru. Ceolin conta que a atuação no exterior começou após ele e seu sócio, Alexandre Marinho, postarem artigos científicos sobre o SimSched nos principais fóruns do setor. “Consultores de diversas partes do mundo entraram em contato conosco querendo conhecer a tecnologia”, lembra.
As mineradoras escolhem a duração dos serviços (mensal ou bimestral, por exemplo), fecham um contrato e pagam somente pela efetiva utilização da ferramenta, no modelo SaaS (do inglês Software as a Service), além do treinamento. O preço varia conforme quão maduro está o projeto, ou seja, em qual fase está a exploração de minérios, e de acordo com a facilidade em obter os dados.
Desde sua fundação, a startup teve aproximadamente R$ 4 milhões em investimentos. Entre 2014 e 2015, captou R$ 250 mil de investidores anjos. Em 2015, recebeu um aporte de R$ 370 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC). Em 2016, conseguiu R$ 2 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), também vinculada ao MCTIC. Atualmente, a companhia está sendo acelerada pelo Seed MG, hub de inovação do governo de Minas Gerais.Fonte:
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